domingo, 2 de março de 2014

Black Fraude

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Mesmo registrando alta de 217% em relação a 2012 e lucro recorde de R$ 770 milhões - só nas primeiras 12 horas do evento foram movimentados mais de R$ 174 milhões -, a Black Friday brasileira ainda é olhada com desconfiança pelos internautas que taxam a data como "Black Fraude", quando alguns varejistas oferecem produtos que custam "a metade do dobro". Alguns desses itens ficaram mais caros do que o preço que eles custavam três semanas antes do evento começar. 

O problema apareceu até mesmo no dia em que a Black Friday foi realizada, em 29 de novembro. Segundo um levantamento feito pelo Programa de Administração de Varejo (Provar), da FIA, dentre todos os produtos analisados, 214% sofreram aumento de preços, ou seja, mais do que o dobro dos itens cujos preços caíram (9,53%). Na média, os aumentos foram de 10,2% e os descontos de 10,6%. Na semana seguinte às promoções, 22,6% dos produtos tiveram queda nos preços - número mais de duas vezes maior do que o de itens que tiveram os preços diminuídos na data (9,5%). 

Além disso, foram totalizadas 8.500 reclamações contra as lojas que participaram da campanha, de acordo com dados divulgados pelo site Reclame Aqui, no último dia 2 de dezembro. A principal reclamação foi nos problemas para acessar os sites de compra online: 79,83% dos entrevistados disseram ter enfrentado instabilidade ou inacessibilidade na hora de entrar na página das varejistas. 

Outro motivo que não agradou os usuários foi a falta de estoque dos produtos anunciados - 62,99% dos consumidores que tentaram efetuar compras se mostraram insatisfeitos com a quantidade limitada dos itens desejados. Houve um apagão em vários sites durante as duas primeiras horas da Black Friday devido ao volume de acessos - algumas páginas travaram ou até saíram do ar. Após esse período, houve registros de problemas técnicos, mas menos graves.

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